domingo, 6 de junho de 2010

Dream untill your dreams come true!

Uma semana depois eu venho contar sobre o melhor dia da minha vida.
Eu sei, parece clichê falar isso de um show, mas de verdade, só quem estava no Palestra sábado passado sabe o que foi.


Pensando bem, é melhor eu falar primeiro da sexta-feira antes do show.

Às 13:30h encontrei o Ren no Conjunto Nacional e decidimos deixar o carro no estacionamento e ir de ônimbus até o Hyatt, então tudo começou.
Andamos até a Rua Teixeira. É muito! (Veja o quanto é muito aqui)
Depois de uma meia hora de confusão conseguimos pegar um ônibus para a Faria Lima.
Lá, no ponto do Shopping Iguatemi ficamos mais uma meia hora esperando um ônibus que depois concluimos que devia ser um holograma, porque nunca passava.
Entramos então em um que ia sentido Shopping Morumbi e descemos próximo à Rede Globo.

Às 15:30, mais ou menos, chegamos ao Hyatt onde estavam algumas pessoas separadas em dois grupos, um em frente à entrada do hotel e outro do outro lado da rua, na calçada lateral da Globo.
Uma menina disse "Aerosmith? É desse lado. Aqueles são os fãs da Demi Lovato."
Ah, obrigada, mas quem é Demi Lovato?
Nos juntamos ao lado Aerosmith numa espera que era angustiante e deliciosa ao mesmo tempo. Um menininho, que mais tarde soubemos ter 11 anos, acompanhava a menina (que o Ren apelidou "Groupie") onde ela ia.
E ela não parava! Corria de um lado para o outro, discutia com seguranças, sempre segurando um cartaz que agora não me lembro se era a foto só do Tyler ou dele com o Perry.

Fomos para a frente do hotel também e os fãs da tal Demi pareceram não gostar muito.
Eis que um menino, que devia ter uns 12 anos no máximo, veio falando para mim "Você! Você parece a Demi Lovato."
Mas quem diabos é essa Demi Lovato???

Chega então uma van, corremos todos para a saída, que era o lugar onde melhor se via a porta do hotel.
Descem da van prata uns homens loiros e brancos (mais do que eu) com instrumentos e muitas caixas de guitarra.
Eu não sei quem é Demi Lovato, mas certeza que aquilo tudo não era dela.
Apreensão.
Alguém avisa que Joey Krammer (o baterista) postou no Twitter que tinham pousado em São Paulo.
Meldelz!

Cada van que chegava ao hotel era um pulo a menos para o coração sair pela boca.
Tempo se passava e nada.

Chegou mais um. Jaqueta de couro, cabelão, óculos escuros.
Começou a conversar e falou da história de uma amiga que conseguiu ir com os caras para Argentina em 2007.
"Acho que você me adicionou no Orkut.."
"Você é a Paty?"
Julio.
E então soubemos: a equipe estava no Hyatt, eles foram para o Unique.
Sim, o Unique da Brigadeiro Luís Antônio. Esse aqui.

(Lembro vocês que eu e Ren estávamos no Conjunto Nacional, portanto fizemos este caminho pegando dois ônius e andando um monte até o Hyatt desnecessariamente, já que era só chegar aqui pegando apenas um ônibus e sem andar nada.)

Mas aí já era tarde, não dava mais para ir ao Unique.


No sábado, correria, saí depois do almoço e cheguei no Palestra às 16h.
Procurando o fim da fila da Pista Premium alguém acena.
O Julio e a Groupie que estava bem na frente na fila.
Me juntei à ela, à irmã e umas meninas.
Julio foi para a outra fila (arquibancada ou cadeira coberta, não sei).

Barbara é o nome da Groupie.

Em menos de meia hora o portão abriu e entramos.
Liguei para a prima Ju, nos encontramos rapidinho e ela voltou para o seu lugar com sua credencial (aiiiii rsrsrs) para ver os toxic twins.
Fiquei com a Barbara e a irmã dela.



Estávamos praticamente na grade da passarela.

Conversamos, outros se uniram.
Uma mulher que assistiu ao show em PoA e de quem eu não lembro o nome, um homem que estava com ela e se eu não me engano o nome era André, uma doida engraçadíssima com uma tattoo do Aero nas costas a Samantha e um cara de banda (agora não lembro se era vocalista ou guitarrista) o Pedro.

Pedro levou a calcinha de uma amiga para jogar no palco e a Barbara disse que se ele a levantasse, ela jogava.
Viramos então, a Turma da Calcinha.



A apresentação do Cachorro Grande foram os 40 minutos mais longos da minha vida.
Enfim saíram.
Desce a cortina e as luzes se apagam.




E Mr. Tyler entra cantando Eat the Rich.
Começa minha morte.
Loucuuuuuuuura!
Muitos já estavam chorando.
Eu estava perdida e não tinha nem noção do que fazer.
Samantha em alguma das primeiras músicas me levantou e eu joguei meu chapéu para o Tyler, mas caiu no segurança e um roadie levou. =/
Em Falling in Love foi a primeira tentativa de jogar a calcinha.
Pedro levantou a Barbara, ela jogou, mas também não conseguiu acertar o palco.
Depois de muiiiitas músicas pedindo para o segurança devolver a calcinha, ele devolveu e o Pedro jogou.
Achamos que tivesse caído do outro lado da passarela, pq o Tyler não pegou na hora.

Quando começou Jaded, eu pirei. Não via ninguém mais do meu lado, só os caras no palco.
Olhava tudo aquilo e caramba!
Eu não nasci pra outra coisa além disso.
Eu não poderia estar em outro lugar, não poderia ser mais feliz do que ali, naquele momento.
Era um sonho!


Ao final de Crazy ele abaixou e quando levantou, a calcinha estava na mão.
Turma da calcinha insandecida, o estádio inteiro gritando.
Ele pendurou no microfone do Perry e começou Cryin'.
A sequência matadora!
Teve duelo de Joe Perry Guitar Hero.
Uma tradutora que estava mais com cara de fã que nós.
Então, olho para o céu, a lua não podia estar mais bonita.
Uns gritinhos, a voz que aos 62 anos continua imbátivel dá início aos primeiros versos:
"There goes my old girlfriend.."
Caraaaaaaaaalho, What it Takes à capela!
Não teve como, aquela voz, a lua, a distância que eu estava dele..
Porra, era verdade, não era sonho.
Caiu a ficha: na minha frente estava um dos meus maiores ídolos, cantando uma das músicas que mais fez sentido em alguma época da minha vida.
Em segundos lembrei do show de 2007 visto da arquibancada, lembrei dos tempos de GDV em que eu passava o dia escutando no DISCMAN um cd deles.
EU ESTAVA NO SHOW DO AEROSMITH DE NOVO.
E dessa vez, Steven Tyler cantava a minha vida a poucos metros de mim.
Desembestei num choro louco e soluçante que só foi parar em Toys in the Attic, última música do show.
Eu, que já fui em muitos shows, que já vi alguns dos meus ídolos, alguns inclusive já falei e que já assisti a um show do Aerosmith; digo que nunca em nenhum momento senti o que eu senti no momento em que ouvi What it Takes naquela situação lúdica.
Eu não sei nem dizer o que foi que eu senti. Parecia que ia explodir. Queria gritar, chorar, pular..
Só olhei para a lua e agradeci aquilo.
"Obrigada"
Esse agradecimento não foi em específico à um Deus, uma pessoa..
Foi à tudo e todos.
À lua que estava maravilhosa, ao tempo que deu umapausa no friozão, ao meu pai por ter me ensinado a gostar de rock e ter pago metade do meu ingresso, à prima Ju por ter influenciado tb e ter me dado de presente a outra metade do ingresso, aos amigos que conheci por causa do show, aos amigos que conheci antes, à minha família por estar tão animada quanto eu pelo show, ao Aerosmith por ter cantado a minha vida e claro, à Deus, que para mim é uma força que independe de religião.
No fim do show, alma lavada, uma última foto com a Turma da Calcinha e fui para casa (depois de encontrar o cara da Malhação no posto hahaha) com a melhor sensação que já tive.
Parecia que alguém tinha carregado todos os problemas, tudo de ruim que estava acontecendo naquela hora que agradeci à lua.
E foi isso mesmo. Depois, no domingo, junto com as mensões a calcinha (que saiu em todos os principais sites de música e notícias) chegaram tb as notícias boas.
E foi só o começo.
A maioria das coisas solucionadas agora. Eu sinto outro ar!
Me sinto até mais leve.
Termino o post agradecendo de novo à tudo e todos.
MUITÍSSIMO OBRIGADA!
Ps: Só não agradeço à SPTrans que dá a pior opção de caminho SEMPRE e fez eu e Ren nos perder um pouquinho! Hahahaha