Nossa, várias coisas. Essa semana foi tensa. Sexta então, o dia de dar tudo errado pra todo mundo. Sábado acordei resfriada master e estou desde então de caminha vendo seriados.
Ontem baixei uma produção independente: Rota Comando.
A sinopse fala de fatos supostamente heróicos da Rota na época do Conte Lopes.
Já li algumas coisas sobre o assunto e entre essas coisas, o Rota 66 do Caco Barcellos. Quem ler, entenderá o pq que antes de qualquer adjetivo bom ligado à Rota daquele tempo tem de existir um "supostamente" ou "aparentemente".
Pois bem, já baixei o filme sabendo que tinha grande chance de ser tudo falso. Dados falsos, bandidos falsos, motivos falsos. Mas hoje quando fui ver e li na introdução que se faz ao filme que era uma produção independente baseada no livro Mate Ou Morra do Conte Lopes, tive a certeza de que pelo menos 90% das coisas dali eram mentira. Quase desisti de assistir.
Continuei, me esforçando para ver com uma visão neutra. Até chegar na parte em que um tenente vai mostrar ao outro recém chegado o batalhão e recém apresentado ao Capitão Conte Lopes (estreiando ele na pele dele mesmo). Param na frente de um monumento dentro do pátio e ele começa a falar que a Rota é reservada para heróis e começa a encher linguiça.
Alguém te dúvidas de que esse filme foi encomendado por ele mesmo?
No mínimo tentando se defender do livro do Caco Barcellos.Ridículo.
Pronto. Agora nem me amarrando eu consigo ver isso.
E quanto à minha certeza de 90% mentira, talvez seja 99%.
Eu não entendo pq que um cara que foi um dos maiores matadores de muitos inocentes, ainda consegue se candidatar a cargos púlicos, ser eleito Deputado e tem ainda admiradores. E está livre.
Mais um momento de vergonha do país.
E quanto ao filme, já até deletei.
Aos alienados do mundo que não conhecem o Caco, Wikipédia pra vcs basta:
Cláudio Barcelos de Barcelos, mais conhecido como Caco Barcellos, (Porto Alegre, 5 de março de 1950) é um jornalista brasileiro e repórter de televisão, que se especializou em jornalismo investigativo, investigações , documentários e grandes reportagens sobre injustica social e violência.
É o autor do livro Rota 66, que lhe custou oito anos de pesquisa, muitas noites de insônia e várias ameaças e que fala sobre a polícia que mata em São Paulo. A investigação levou à identificação de 4.200 vítimas, todos jovens e pobres, mortos pela Polícia Militar de São Paulo. Depois do lançamento do livro, Caco passou um período fora do Brasil, pois sua vida corria risco - o livro irritou profundamente algumas esferas, sobretudo a dos coronéis da polícia militar.
Seu terceiro livro, Abusado, o dono do morro Dona Marta, é um relato do tráfico nos morros cariocas, de como "nascem" os traficantes e do relacionamento entre eles e a comunidade. O livro é uma reportagem escrita em forma de romance, e esteve mais de um ano na lista dos mais vendidos do Brasil. Assim como o Rota 66, o Abusado faz parte do currículo escolar de várias escolas da periferia de grandes cidades brasileiras, e é indicado pela Faculdade Cásper Líbero como leitura obrigatória para os estudantes que prestam o vestibular, ao lado de duas outras obras clássicas da literatura nacional, como Vidas Secas de Graciliano Ramos, e Grande Sertão: Veredas de João Guimarães Rosa.
Caco também é o autor do livro Nicarágua: a Revolução das Crianças, sua primeira obra editorial e pouco conhecida, sobre o movimento sandinista que tirou a Nicarágua das garras da ditadura de Anastasio Somoza. Ele cobriu a guerra como free-lancer e foi refém dos sandinistas (na verdade, de um grupo de garotos). Temia por sua vida, porque se a revolução fracassasse, ele poderia ser morto junto com os insurgentes. Mas tudo deu certo e o resultado foi um belíssimo livro, tocante e motivador. Com a narrativa peculiar de Caco, ele prende o leitor até o final - o que também acontece com os espectadores do brilhante profissional.
Em 2007, Caco Barcellos escreveu a peça de teatro, Ösama, The Suicide Bomber of Rio (Osama, Homem Bomba do Rio), para o projeto Conexões, do National Theatre of London.
Seu terceiro livro, Abusado, o dono do morro Dona Marta, é um relato do tráfico nos morros cariocas, de como "nascem" os traficantes e do relacionamento entre eles e a comunidade. O livro é uma reportagem escrita em forma de romance, e esteve mais de um ano na lista dos mais vendidos do Brasil. Assim como o Rota 66, o Abusado faz parte do currículo escolar de várias escolas da periferia de grandes cidades brasileiras, e é indicado pela Faculdade Cásper Líbero como leitura obrigatória para os estudantes que prestam o vestibular, ao lado de duas outras obras clássicas da literatura nacional, como Vidas Secas de Graciliano Ramos, e Grande Sertão: Veredas de João Guimarães Rosa.
Caco também é o autor do livro Nicarágua: a Revolução das Crianças, sua primeira obra editorial e pouco conhecida, sobre o movimento sandinista que tirou a Nicarágua das garras da ditadura de Anastasio Somoza. Ele cobriu a guerra como free-lancer e foi refém dos sandinistas (na verdade, de um grupo de garotos). Temia por sua vida, porque se a revolução fracassasse, ele poderia ser morto junto com os insurgentes. Mas tudo deu certo e o resultado foi um belíssimo livro, tocante e motivador. Com a narrativa peculiar de Caco, ele prende o leitor até o final - o que também acontece com os espectadores do brilhante profissional.
Em 2007, Caco Barcellos escreveu a peça de teatro, Ösama, The Suicide Bomber of Rio (Osama, Homem Bomba do Rio), para o projeto Conexões, do National Theatre of London.