quarta-feira, 11 de julho de 2012

Maquiavel, Aristóteles e a Inveja

Simplificadamente, na visão de Maquiavel, um sujeito que tem fortuna é aquele que tem sorte. A virtú é a capacidade de controlar ocasiões, a fortuna. Portanto, o príncipe virtuoso é aquele que aproveita a fortuna para controlá-la e chegar ao poder.
Numa visão mais atual, e ainda mais simplista, podemos dizer que uma pessoa de grande virtude é aquela que aproveita suas oportunidades e atinge alguma finalidade.

Aristóteles fala sobre outro tipo de virtude, que separa em duas: intelectual, que nasce e progride de acordo com a aprendizagem, e a moral, aquela que diz respeito ao caráter (formado por repetições de atos, através do hábito).

A inveja na minha visão:

O invejoso é o sujeito que se aproveita de opiniões alheias para formar o seu ser.
Portanto, não possui virtú e não aproveita sua fortuna.
Não possui virtude moral. Uma personalidade é como se fosse uma obra de arte, logo, não há ética em reproduzi-la em mera cópia. Se o caráter é formado pela repetição de atos, e a maior repetição do invejoso é a cópia do invejado, abre-se uma brecha para questionar seu caráter.
E o que aprende alguém que não produz conteúdo próprio? Essa pessoa não tem virtude intelectual.

E o que é um ser humano sem virtudes?

A inveja é a confissão da inferioridade do ser.

E me irrita muito.

VAI TRABALHAR!
VAI OCUPAR SUA CABECINHA VAZIA!
VAI LER UM LIVRO!
VAI SE TRATAR!

VAI À MERDA, FIA.