terça-feira, 7 de julho de 2009

Sete de Julho de Dois Mil e Nove


Hoje, funeral de Michael Jackson. Chorei, foi lindo. Chorei principalmente quando a filha dele, Paris, falou. Foi o depoimento mais sincero que ouvi sobre ele até agora.
A sinceridade e o choro sentido da Paris me lembrou da Lucinha, mãe do Cazuza. Acho que foi mais ou menos a mesma intensidade de perda.

Lucinha é um exemplo de ser humano, perdeu o filho bissexual por AIDS. Não teve preconceito, lutou e hoje dirige uma casa de assistência à crianças com a mesma doença e que leva o nome do filho. A SVC vive de doações, e ela continua firme e forte cuidando das crianças.
Há 19 anos atrás, teria chorado também e até mais se fosse nascida e tivesse idade suficiente pra entender que quem estava sendo enterrado era o cara que cantaria a minha vida, o que teve as melhores idéias, as idéias que mais me identifico. Além de ter o perfil que mais admiro: o de GUERREIRO, que vive do seu jeito, assume suas consequências e não liga para o que os outros falam. E era um amor. Tão sensível quanto eu sou. Talvez, me entenderia.
Meu amor, não te conheci, mas sinto como se nos conhecessemos desde sempre. Em cada momento da minha vida lembro de alguma palavra, uma música, um gesto. É como se você soubesse o que iria acontecer comigo, e já tivesse criado algo para me acalmar, para me ajudar. As vezes sinto com se estivesse perto. Em quantos sonhos já conversamos, gargalhamos e nos abraçamos?
Sinto por ser só sonho, por não poder dar o abraço, a gargalhada, por não podermos conversar e te dizer o quanto você é importante na minha vida, e como me identifico com vc, assim, naturalmente. Sinto por tudo isso, mas sei que você se foi por uma razão, que por um lado sua partida não foi em vão e que a onde você está, está brilhando e olhando por todos que gostam e te admiram, olhando por sua família, as crianças da SVC, seus amigos e nós, fãs, que você tanto amava. Talvez, quem lê isso daqui, não entenda e me ache louca, obscessiva, pois que achem. Só eu sei o que é e como é.
E deixo o trecho de uma música que ele adorava:
"The only thing that's right, my first love.. I want to share all my love with you.. 'cause you, you mean the world to me. I've found in you my endless love.. You'll be the only one 'cause NO one can deny this love I have inside. My love, my endless love."
Endless Love.